Mercado cripto em chamas: corretoras travam e US$ 20 bilhões somem em um dia
Edição #1027 - Dia 13 de outubro de 2025
O mercado cripto viveu sua pior noite da história na última sexta, dia 10 de outubro: mais de US$ 19,3 bilhões em posições alavancadas foram liquidadas em apenas 24 horas. Do total, US$ 16,8 bilhões vieram de traders apostando na alta, pegos de surpresa pelo colapso generalizado após o anúncio de tarifas de 100% dos EUA sobre a China. O Bitcoin despencou de US$ 126 mil para US$ 101 mil e a Ethereum afundou 12%, puxando consigo Solana, Cardano e outras altcoins. A turbulência foi tão intensa que corretoras como a Binance chegaram a travar e sua cofundadora prometeu indenizar usuários afetados. O CEO da Crypto.com pediu que os reguladores investiguem possíveis irregularidades nas corretoras com mais liquidações. Com o maior volume de perdas desde o início do mercado cripto, o episódio superou de longe o crash da Covid (sendo 20 vezes maior) e o colapso da FTX e reacendeu o debate sobre alavancagem excessiva e transparência nas plataformas (99Bitcoins; Portal do Bitcoin).
A Hyperliquid virou o epicentro do crash de 10 de outubro, com US$ 10,3 bilhões em liquidações, mais que o dobro da Binance e Bybit juntas. Mais de mil carteiras foram zeradas e 205 perderam mais de US$ 1 milhão cada. O polêmico mecanismo ADL foi acusado de intensificar o colapso ao fechar posições lucrativas de market makers. Enquanto alguns choraram, outros riram: uma carteira faturou US$ 700 milhões em shorts. Entre os grandes perdedores, Jeffrey Huang levou um tombo de US$ 14 milhões. (CoinDesk)
O DeFi bateu um novo recorde: US$ 237 bilhões em valor bloqueado no terceiro trimestre de 2025, segundo a DappRadar. Mas o brilho vem com um porém: as carteiras ativas diárias caíram 22%, mostrando que o dinheiro chegou, mas os usuários sumiram. Ethereum segue no topo com US$ 119 bilhões em TVL, enquanto Solana perdeu tração e a BNB Chain avançou. A alta reflete o apetite institucional e a tokenização do “mundo real”. O varejo, por enquanto, só assiste de longe. (CryptoNews)
Trader misterioso lucra US$ 88 milhões com short do Bitcoin antes do crash. Um trader abriu uma posição vendida de US$ 1,1 bilhão no Bitcoin apenas 30 minutos antes do anúncio de tarifas de Trump, lucrando cerca de US$ 88 milhões com o subsequente crash. A conta foi criada no mesmo dia da operação, levantando suspeitas na comunidade sobre possível informação privilegiada. O advogado pró-cripto John Deaton pediu uma investigação formal do caso, sugerindo que se verdadeiro, o timing suspeito merece escrutínio regulatório. (TradingView)
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Após o crash do mercado cripto na sexta-feira, a Zcash (ZEC) atingiu sua all time high ao bater US$ 291 antes de recuar para US$ 273. A moeda de privacidade subiu quase 4x desde 1º de outubro, mostrando resiliência enquanto muitos criptoativos ainda sofrem perdas de dois dígitos. ZEC se destaca como um dos raros vencedores em meio ao colapso de US$ 20 bilhões do mercado. (CoinTelegraph)
Uma baleia de Bitcoin com US$ 11 bilhões voltou à ativa após dois meses sumida, movimentando US$ 360 milhões em BTC na semana de 7 de outubro. O investidor já havia migrado US$ 5 bilhões para Ethereum em agosto e pode estar preparando outro mergulho. A volta reacendeu rumores de pressão vendedora no mercado. Coincidência ou não, o “Uptober” começou com um leve cheiro de volatilidade no ar.
Shayne Coplan, fundador do Polymarket, provocou o mercado ao sugerir o possível lançamento do token POLY, ao lado de grandes criptoativos como BTC e ETH. O token, que deve chegar apenas em 2026, promete recompensas e airdrops para usuários fiéis. (Decrypt)
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Fechamento diário do BTC
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