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Como foram nossas previsões para 2024
Edição #789 - Dia 21 de dezembro de 2024
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Se tivéssemos que resumir 2024 em uma frase, seria: 'o ano da retomada da confiança'. Diferente de 2023, as valorizações expressivas deste ano apontam não apenas para uma recuperação, mas para o possível início de um novo bull market.
O cenário atual sugere otimismo para 2025, impulsionado não só pelo desempenho de preço dos principais ativos, mas também pelo que foi efetivamente construído ao longo dos últimos meses.
Há dois anos, na Morning Jog, lançamos edições especiais com nossas projeções para o ano seguinte. Agora, antes de projetarmos expectativas para 2025, é essencial revisitar nossas previsões de um ano atrás para analisar o que se concretizou e identificar eventuais erros.
Esse exercício traz insights valiosos sobre a evolução do mercado cripto e nos prepara para ajustar estratégias com base nas lições do passado. Vamos então relembrar e avaliar as previsões:
Confira a edição publicada em janeiro com nossas previsões para o ano de 2024:
1- Re-staking ganha espaço e traz mais eficiência de capital
No início de 2024, apostamos no crescimento do setor de restaking, liderado pela EigenLayer. Naquela época, o tema ainda era novidade e muitos o subestimavam. Hoje, porém, o restaking se consolidou como realidade e já representa o quinto maior segmento do mercado cripto, com mais de US$ 17,5 bilhões em valor travado (TVL). Isso significa um crescimento de 10 vezes desde a publicação das previsões, em janeiro de 2024.
Valor travado em protocolos de restaking ao longo de 2024
É interessante observar que ao longo deste ano o conceito de restaking se expandiu não só para outros tokens além do ETH, como no caso da karak que aceita derivativos da Pendle, stablecoins, tokens de governança e BTC sintéticos, mas também para outros ecossistemas, como para a Solana (com a Solayer) e para o Bitcoin (com a Babylon). Ainda assim, a EigenLayer manteve sua dominancia, com mais de 60% de market share.
Além disso, o segmento de restaking líquido já acumula mais de US$ 11,5 bilhões em valor travado, com um crescimento de mais de 20 vezes desde a publicação da edição. Esse setor é agora o sexto maior do mercado cripto. Protocolos como Etherfi têm impulsionado a liquidez no restaking, gerando mais eficiência de capital para os usuários, ao integrar seu token eETH com uma ampla variedade de protocolos DeFi.
Outro ponto importante de mencionar é que tivemos alguns airdrops de projetos desse segmento, incluindo EigenLayer e Etherfi. Esse inclusive foi um dos principais catalisadores de crescimento dessas soluções. Apesar de favorecerem usuários com maior capital travado em uma distribuição essencialmente linear, esses airdrops passaram uma imagem positiva à comunidade cripto por estabelecerem um piso mínimo de recompensas. Dessa forma, mesmo os usuários com pequenos depósitos receberam quantias significativas. Na EigenLayer, por exemplo, a recompensa mínima foi de 110 EIGEN, cerca de R$ 3,4 mil, fora a valorização de preço do ETH no período.
Nos próximos meses, outros airdrops desse setor ainda estão previstos, como os de Symbiotic, Karak, Babylon, Lombard e Solayer. O passo a passo para participar desses e de outros airdrops está no Airdrop Hunters, nossa planilha com os melhores airdrops para você se expor.
2- Derivativos em DeFi: uma tendência em ascensão
Consideramos essa previsão acertada, mas não com a intensidade que imaginávamos. Embora o segmento tenha avançado no último ano, com destaques como Hyperliquid e Júpiter, a maior parte do volume ainda é concentrada em corretoras centralizadas.
O projeto de maior destaque foi a Pendle, que viu seu TVL multiplicar mais de 26 vezes desde nossa previsão, embora tenha reduzido parte desse valor com o vencimento de algumas posições. A Pendle, além de introduzir um novo primitivo com um mercado de arbitragem de yield de real utilidade, soube aproveitar a demanda por airdrop points dos projetos de restaking. Seu mecanismo permitia que usuários em busca de alavancagem "comprassem pontos" com seus tokens YT, sendo este o maior catalisador de preço e adoção de sua solução.
Nos próximos meses, esperamos que o setor continue evoluindo, especialmente com o lançamento de novos protocolos como o Panoptic, no qual investimos na rodada Seed pela viden.vc e vemos como um dos mais promissores de todo o mercado.
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3- O ressurgimento dos blockchain games
Acreditamos que essa previsão não foi completamente equivocada, mas que sua realização exigirá um tempo maior. Tivemos um avanço desse segmento, com alguns destaques pontuais como o jogo Pixels, da rede Ronin, mas a verdade é que grande parte de seu sucesso foi por conta de seu airdrop. Até agora, nenhum jogo conseguiu romper a bolha dos cripto nativos e atrair gamers convencionais que joguem pelo entretenimento, e não apenas por interesses financeiros.
Com o lançamento recente de jogos AAA+ como Off The Grid, essa realidade pode mudar. Blockchains como Immutable e Ronin têm centenas de jogos em desenvolvimento e estão focadas em reduzir o atrito de interação com blockchain para usuários comuns. A chance de ao menos um desses jogos alcançar uma audiência global é significativa.
Confira a edição que publicamos sobre a segunda era dos Blockchain Games:
4- A expansão dos stacks de códigos e das soluções de Data Availability
Nossa visão de um universo blockchain mais modular vem se concretizando, com 2024 marcando essa virada de chave. O Decun Fork foi concluído com sucesso, reduzindo ainda mais as taxas de transação das L2s, que já eram baixas, e acelerando a adoção desse tipo de solução.
Em relação aos stacks de códigos em específico, tivemos um grande destaque por parte da Optimism, com o OP Stack e por parte da Polygon, com o Polygon CDK.
Além de Base e opBNB, que já haviam sido lançadas em 2023, esses stacks foram responsáveis pelo onboarding de algumas outras das principais corretoras do mundo nos últimos meses, como a OKX com a X Layer e a Kraken com a Ink. Além disso, as duas maiores redes focadas em blockchain games, Ronin e Immutable, migraram suas soluções para o stack da Polygon e agora vão conviver em um ambiente de liquidez compartilhada proporcionado pela Polygon Agglayer.
Se no momento da publicação da edição, há um ano, tínhamos pouco mais de 30 soluções de segunda camada da Ethereum, atualmente temos mais de 110, sendo que boa parte delas se deve a esses conjuntos de códigos e a facilidade com que eles permitem a criação de uma nova rede de segunda camada.
Já em relação às soluções de Data Availability, os blobs da Ethereum implementados no Decun Fork surgiram como um forte concorrente para players como a Celestia, Avail, EigenDA e Near, que ainda não conseguiram criar a tração desejada. Independente disso, eles estão com seus produtos operacionais e seguem em crescimento.
5- Airdrops, Airdrops e muito mais Airdrops
A previsão de que 2024 seria o “ano dos airdrops” se mostrou certeira. Em janeiro, ainda no embalo do hype pós-airdrop da Jito, o cenário era de alta expectativa: as métricas de atividade, como carteiras ativas e volume de negociação, estavam nas máximas, refletindo o interesse dos investidores em capturar as novas oportunidades.
A maioria dos airdrops projetados mencionados na edição se concretizaram, com muitos deles gerando retornos significativos para quem traçou a estratégia correta. Nós, particularmente, fizemos mais de R$ 60 mil em airdrops apenas no ano de 2024.
Os destaques do ano incluíram Dymension, Wormhole, zkSync, Starknet, LayerZero, Etherfi e EigenLayer. Como projetado naquele momento, a distribuição de tokens desses projetos foi essencial para gerar caixa aos investidores, permitindo aportes estratégicos nos momentos de queda do mercado.
As notícias mais importantes da semana
VanEck prevê Bitcoin a US$ 180 mil em 2025. A gestora projetou que o Bitcoin irá atingir US$ 180 mil e a Ethereum US$ 6 mil no primeiro trimestre de 2025, impulsionados por um mercado de alta.
As práticas de segurança da Ledger foram questionadas após um usuário alegar ter ativos avaliados em US$ 2,5 milhões roubado da sua Ledger Nano S, onde estavam armazenados.
Donald Trump, presidente eleito dos EUA, confirmou sua intenção de criar uma "reserva estratégica de Bitcoin", semelhante à reserva de petróleo que o país tem.
FTX iniciará pagamentos a credores em março. A corretora falida anunciou que seu plano de reorganização entrará em vigor em 3 de janeiro de 2025, com os primeiros pagamentos sendo realizados em até 60 dias.
A coleção de NFTs Pudgy Penguins lançou seu token PENGU em um airdrop. O token saltou para o top 100 das criptomoedas, com um preço de cerca de US$ 0,0335 e uma capitalização de quase US$ 2,1 bilhões.
Ethereum vai gerar US$ 100 bilhões em taxas por ano? É o que aponta estudo.
O próximo ano pode marcar o surgimento de ETFs de várias criptomoedas. Litecoin (LTC), Hedera (HBAR), Solana (SOL) e XRP são os tokens mais cotados para receberem a aprovação da SEC dos EUA.
O Bradesco, via Ágora Investimentos, passou a oferecer os fundos Hashdex 40 Nasdaq Crypto Index e Hashdex 100 Nasdaq Crypto Index, marcando sua entrada no mercado de criptoativos.
Beiçola do Privacy lançou o token BCT e viu market cap passar do US$ 1 milhão. Ontem, a criadora de conteúdo adulto lançou o seu próprio token na plataforma pump.fun e viu o preço do ativo ultrapassar US$ 1,5 milhão.
Depois de alcançar US$ 108 mil, o Bitcoin retornou para baixo dos cem mil dólares, caindo para US$ 97 mil, no dia de ontem. A queda no preço ocorreu após o Federal Reserve anunciar um novo corte de 0,25% na taxa de juros dos EUA.
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